Segue na sequência ......

“Para LAESSOE E VOIGTH (2004), flexibilidade refere ao grau de mobilidade passiva do corpo com restrição própria da unidade músculo-tendínea ou de outros tecidos corporais. Ela tem sido mensurada pelo alcance do movimento articular e sua alteração tem sido acreditada originar-se da rigidez do tecido. Tanto pelo termo mobilidade passiva como pelo fato de os autores não caracterizarem quais seriam outros tecidos que restringem a flexibilidade, dificulta-se aceitar esta definição”.
“Assim, a flexibilidade é expressa e testada referente à articulação, o que gera alguma confusão na literatura. Por exemplo, a flexibilidade dos músculos isquiotibiais pode ser referida como o alcance do movimento em flexão de quadril ou extensão do joelho, porque os músculos cruzam duas articulações. Referir flexibilidade a um músculo que não cruza a articulação não permite o entendimento e a diferenciação de qual componente está causando limitação (HARVEY & CRAIG, 2000)”.
Para evitar esse impasse, seria possível inferir que os autores se refiram à flexibilidade como componente da articulação sem excluir os  em vez do comprimento da unidade músculo-tendínea.


Alongamento

 O alongamento o objetivo é envolver a articulação que esta sendo exigida, para melhorar a qualidade dos movimentos nas diversas articulações, prepara a musculatura para uma atividade física, este tipo de atividade não exerce risco nenhum ao músculo esquelético, pois esse tipo de exercício tem uma sensação de relaxamento dos músculos.
Eles devem ser feito por qualquer pessoa seja ela qualquer idade, e a hora que você sentir melhor, quando esta com muito stress muscular, tensão e seria importante fazer pela manhã, antes e logo após a uma atividade física.
Benefícios
1.    Reduz a tensões e proporciona o corpo ao relaxamento;
2.    Previne lesões (distensões musculares, entorses);
3.     Melhora a postura;
4.    Ativa a Circulação;
5.    Previne dores musculares
6.    Diminui a ansiedade, estresse e fadiga muscular

O treinamento do alongamento antes de uma atividade física promove a preparação dos músculos e tendões para o exercício, e logo após a atividade física tem o objetivo de proporcionar o relaxamento da musculatura exigida, também a recuperação muscular e o alivio da musculatura.
 Segundo Kisner & Colby (2005), o alongamento é um termo geral usado para descrever qualquer manobra para aumentar a moblidade dos tecidos moles e, por conseguinte, melhorar a amplitude por meio do alongamento de estruturas que sofreram encurtamento adaptativo.
Os mecanismos sensoriais envolvidos no controle do comprimento muscular são os fusos musculares, os quais, por estarem entremeados em paralelo com as fibras dos músculos, são alongados em conjunto com elas, causando uma deformação mecânica que estimula as terminações primarias e secundárias do receptor. Esta estimulação causa descargas que, ao chegarem à medula, são interpretadas do contexto motor vigente, podendo gerar desde uma simples resposta miotática até ajustes motores de alta complexidade.
Alguns fisiologistas relacionam os órgãos tendinosos de Golgi na intervenção da resposta ao alongamento, pois eles se situam nas inserções proximais e distais dos músculos, que estão sendo tencionados durante o alongamento (Brodal, 1984).
A especialização dos fusos musculares pode informar, além do grau de alongamento, a velocidade com que o alongamento é realizado, por meio de uma descarga proporcional à variação da velocidade, e se o movimento é de caráter estático ou dinâmico (Guyton & Hall, 1997).
 Quanto maior a velocidade de alongamento maior será a freqüência dos impulsos gerados nas fibras aferentes pela terminação, para um mesmo grau de alongamento, e, conseqüentemente, a exposta reflexa será mais intensa (Timo-laria, 1985; Durigon, 1995).
Para Dantas (2005, p.95) o alongamento é a forma de trabalho que visa à manutenção dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal com o mínimo de restrição física possível .
   Segundo Achour Júnior (1996) existem quatro tipos de alongamentos que são:
- Alongamento Estático: move – se o membro lentamente, mantendo – se o segmento muscular determinado pela tensão muscular logo acima da amplitude do movimento habitual.
- Alongamento Passivo: é realizado com a ajuda de forças externas (aparelhos, companheiros), em um estado de relaxamento da musculatura a ser alongada.
- Alongamento Ativo: é determinado pelo maior alcance do movimento voluntario, utilizando – se a força dos músculos agonistas e o relaxamento dos antagonistas.
- Alongamento Balístico: utiliza – se vários esforços musculares ativos insistidos, na tentativa de maior alcance do movimento. Para o autor, em relação à saúde, o alongamento estático é o mais indicado nos ambientes escolares e empresariais, pois o excesso de tensão muscular aumenta a pressão sanguínea e desperdiça energia mecânica, diminuindo a produtividade no trabalho, no qual os exercícios de alongamentos são utilizados para diminuir o estresse muscular.


Treinamento Funcional

 


                                   
O Treinamento funcional é benéfico para atletas na reabilitação, onde esse tipo de treinamento era feito para recuperar lesões e problemas posturais, exclusivamente de atletas. Foi totalmente incorporado na rotina de treinamento,aprimorando  a sua habilidade no esporte e também como prevenção de uma possível lesão.

Objetivo do treinamento funcional equilibrar toda a musculatura envolvida, com movimentos que melhora a coordenação, equilíbrio, força, flexibilidade e velocidade, de formar o corpo com movimentos eficientes de pura habilidade, sendo o foco aperfeiçoar o desempenho dos movimentos.E por isso  essa capacidade física pode ser utilizado para todos os objetivos.



Conceito de preparação física tem como objetivo estar ligado à especialidade dos movimentos ou atividades. Tem a ver com aperfeiçoar a capacidade funcional do indivíduo nas atividades que lhe são próprias e específicas.
Hoje em dia o treinamento funcional evoluiu para um conceito mais extenso e muito mais abrangedor que se determina não só ao atleta, mas especialmente ao indivíduo comum, que encontra nessa forma não convencional, de uma variação de treinamento para obter ganhos de massa muscular, perder peso, sentir-se mais disposto e melhorar a performance nas atividades, e é um treinamento motivante e eficiente.

Avaliação Física

No futebol de hoje, moderno e extremamente competitivo, todos os mínimos detalhes são muito importantes, testes físicos e exames médicos é primordial, fazer no início de um trabalho para ver em que condições os atletas se encontram. Vendo todos esses detalhes começamos a fazer um planejamento do controle de treinamento que as vezes é um simples detalhe esquecido por muitos e de extrema importância para o bom rendimento dos atletas e equipe. A avaliação física é um método utilizado para esse controle, mas pode ser utilizada com outros objetivos, como avaliação inicial dos atletas e análise do grupo, não somente dos indivíduos. Os testes também são os mais variados possíveis, desde testes de campo até os laboratoriais. E o que pode prevalecer em uma equipe é a união, a força, determinação, vontade de vencer, começando entre a Diretoria, Comissão Técnica e em seguida jogadores, todos em um só pensamento. O grupo tendo essas características podem fazer uma diferença enorme numa competição muito competitiva e até pode decidir uma partida ou até mesmo o campeonato.
BRAVO (2004) coloca que os testes devem seguir alguns métodos para verificar a sua especificidade. Os testes físicos devem apresentar: validade; confiabilidade; estabilidade e objetividade. Procurou-se nesse artigo definir alguns testes para o futebol, assim como sua empregabilidade e necessidade.
Para BRAVO (2004) e PAVANELLI (2004) os testes devem se aproximar ao máximo das características do jogo. Os gestos esportivos devem ser reproduzidos durante a realização da avaliação física.
De acordo com SCHMID e ALEJO (2002), o teste é o único efetivo e objetivo caminho para se avaliar o programa de treinamento. O uso do pós-teste permite avaliar com precisão muitas qualidades. Os testes físicos são utilizados por três motivos: reunir informações, comparar dados e determinar processos de treinamento baseados nos resultados dos testes.
Segundo GARCIA, MUIÑO e TELEÑA (1977), os testes físicos auxiliam no conhecimento da evolução dos jogadores, na seleção dos jogadores para cada posição, no descobrimento de novos talentos e na reavaliação do trabalho.
Para RINALDI e ARRUDA (2001, p. 187), "a avaliação física dos jogadores de futebol tem se mostrado importante no sentido de oferecer parâmetros mais exatos para um programa de treinamento".
Os testes mais utilizados em clubes são: Cooper (12 minutos); limiar anaeróbio; shuttle run; flexibilidade; força muscular; velocidade (40 segundos) e resistência muscular localizada.
O teste de Cooper é utilizado na avaliação da potência aeróbia em jogadores de futebol, e para avaliação da potência, resistência anaeróbia e índice de fadiga, um dos testes mais utilizados é o de Wingate (BOSCO, 1994; ALMEIDA, 2002; PAVANELLI, 2004). O teste de Wingate é um teste físico desenvolvido nos anos de 1970 no Instituto Wingate em Israel.
Para SILVA (1999), o ergômetro (Ergometria: Ergo = trabalho e Metria = medida) é um aparelho muito utilizado na avaliação do limiar anaeróbio. “A determinação do limiar anaeróbio por meio de um método não invasivo torna-se necessária, uma vez que a mensuração do lactato necessita de coletas programadas de sangue arterial ou arterializado” (BABOGHLUIAN; MAHSEREDJIAN; SENCINI; BARROS, citado por SILVA, 1999).

                           Shuttle Run

O teste de Shuttle Run de 20 metros é utilizado para determinação do VO2 máx. de forma indireta. O atleta percorre a distância de 20 metros com velocidade inicial de 8,5 km/h com incremento de 0,5 km/h a cada minuto. A velocidade de corrida é controlada por um sinal sonoro. O atleta deve atingir a marca de 20 metros no exato momento do sinal sonoro. A velocidade máxima compreende o último estágio que o atleta conseguir completar. O VO2 máx. pode ser estimado pela fórmula (PAVANELLI, 2004):
 VO2 máx. = 31,025 + (3,238 x VUE) – (3,248 x idade) + (0,1536 x idade x VUE)

Velocidade
           
PAVANELLI (2004) sugere testes com distâncias de 15, 20 e 30 metros, com o uso de sensores fotoelétricos. Esses sensores fornecerão respostas mais precisas.Um dos mais utilizados é o protocolo para o teste de 40 segundos criado por Matsudo.
A produção de força máxima do sistema neuromuscular nos membros inferiores é de extrema importância no futebol, sendo um diferencial para jogadores de alto nível. De acordo com Gorostiaga et al. (2004) jogadores atingem diferentes níveis, pela habilidade em atingir força máxima muscular com alta velocidade de contração ao executar as ações explosivas requeridas no futebol: saltar, trotar, chutar, girar e correr em curtas distancias.
Para BOMPA (2002), parte da capacidade de velocidade é determinada por fatores genéticos. Quanto maior for a proporção de fibras de contração rápida maior será a capacidade de contração explosiva do organismo. Apesar da relação da velocidade com a genética, não é um fator limitante, pode ser melhorada com o treinamento adequado.
    Segundo POEL e EISFELD, citado por WEINECK (2000, p. 406) o treinamento da velocidade deve ocorrer em quatro níveis:

1.    Coordenação geral, por meio do treinamento da corrida.
2.    Melhoria do poder de saída e de reação com o uso de formas de treinamento            semelhantes ao jogo.
3.    Treinamento da velocidade por intermédio de formas de treinamento específicas do        futebol com a utilização da bola.
4.    Treinamento da força.



O treinamento com pesos e o treinamento em circuito têm
sidoamplamenteutilizadosem jogadores de futebol. De fato, a literatura tem indicado
que ambos os métodos são efetivos para melhorar a força máxima, na velocidade
de sprint e na altura do salto vertical em jogadores de futebol (DUPONT et al., 2004;
HOFF e HELGERUD, 2004; LEMMINK et al., 2004).

Segundo Weineck (2000) Velocidade é uma combinação de força e excelente
resistência, o que é necessário para a realização dos movimentos com máxima
rapidez em todo o tempo. Velocidade é a capacidade, com base na mobilidade dos
processos do sistema nervo-músculo e da capacidade de desenvolvimento da força
muscular, de completar ações motoras, sob determinadas condições, no menor

tempo (FREY, citado por WEINECK, 1991, p. 210). 

Por tratar-se da velocidade umas das capacidades físicas determinantes ao
sucesso no futebol, entendemos ser necessário o desenvolvimento de diversos
testes e exercícios condicionantes desta valência corroborando com Barbanti (1996)
onde ele divide a velocidade em: velocidade de reação, velocidade de movimentos
acíclicos, velocidade de locomoção (máxima) e velocidade de força, encontramos
nesta forma de avaliação a presença destas quatro subdivisões da velocidade.
Ainda com referência em estudos anteriores a este, Weineck (2000, p. 356),
classifica formas de velocidade e entre elas cita: Velocidade de reação - reagir
rápido em ações surpresas do adversário, da bola e dos companheiros de equipe.
   
Velocidade de movimento sem bola - realizar movimentos cíclicos e        acíclicos
em  alta velocidade.        
Velocidade de ação com bola - realizar ações com bola em alta velocidad  
Velocidade-habilidade - agir de forma rápida e efetiva em relação às suas
 possibilidades técnico-táticas e condicionais
 
 Todas estas formas de velocidade podem ser observadas no exercício objeto deste
  estudo. Sendo assim consideramos necessário comparativos posteriores com a
  mesma amostra para comprovar a validade de tal avaliação.